O vento
jogando-se,
espalhando-se,
perfumando-se
como folhas outonais,
como aromas primaveris,
como embriaguezes pluviais,
como uma mão fálica e aveludada e invasiva e perseverante
de movimentos incessantes e progressivos e voltívolos,
cadenciados e até… furtivos.
O vento vem-se em mim,
por dentro, afagando-me,
ao todo, usurpando-me,
por fim, fecundando-me.
O vento tem-me no fundo
alojado sementes
a germinar.
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Cássio, durante a leitura passou por mim, vindo de uma janela que pouco venta, uma brisa descabida! Bom presságio, lindo poema!
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Fico contente que tenha gostado do poema, Silvana. Aproveite a brisa e o cabimento! Obrigado pela visita e volte sempre! ;-D
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Inspirador e sensual. Lindo poema! Bons ventos o trazem.
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