O vento jogando-se, espalhando-se, perfumando-se como folhas outonais, como aromas primaveris, como embriaguezes pluviais, como uma mão fálica e aveludada e invasiva e perseverante de movimentos incessantes e progressivos e voltívolos, cadenciados e até… furtivos.
O vento vem-se em mim, por dentro, afagando-me, ao todo, usurpando-me,
por fim, fecundando-me.
O vento tem-me no fundo
alojado sementes a germinar.
São golpes políticos amanhados nos intestinos da democracia. São golpes políticos deflagrados contra países que, um dia, imaginaram ter o direito de gerar um projeto de nação menos desigual. Eu, em construção em meio aos escombros.
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Cássio, durante a leitura passou por mim, vindo de uma janela que pouco venta, uma brisa descabida! Bom presságio, lindo poema!
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Fico contente que tenha gostado do poema, Silvana. Aproveite a brisa e o cabimento! Obrigado pela visita e volte sempre! ;-D
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Inspirador e sensual. Lindo poema! Bons ventos o trazem.
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