Este entendimento vem ao encontro de uma expressão que às vezes utilizo. Mais ou menos isto: nós existimos e fazemo-nos através dos outros. É na interacção que nos construímos. Dito assim e desligado do contexto é fácil interpretar-se que somos marionetas, que não temos vontade própria, que somos joguetes à mercê dos outros.
Não é por aí. O direito a escolher, a fazer opções, em nada é beliscado. A vontade de criar não é truncada
As nossas decisões, das mais pequenas que nem damos conta até às que têm grande impacto, não se escrevem em folhas em branco. Há acontecimentos, há pessoas e nós não estamos cá sozinhos.
E isto pode levar-nos a questionar o que é a liberdade e se somos livres ou em que medida o somos.
Sabes, há pouco tempo acabei de reler o livro “Era de noite, meu amor”, do Vasco Graça Moura, e retirei para os meus apontamentos o seguinte: “A nossa liberdade está no que decidimos fazer com o que nos acontece.” Julgo que esta frase é muito certeira em termos da definição de liberdade.
Voltando às tuas questões.
O nosso olhar e o olhar alheios nunca estão desligados. Mesmo quando se decide viver numa zona deserta ou estar em clausura num convento. Decisões tomadas a partir de uma determinada realidade e construções mentais a partir dela.
Sim, Isabel, acho que a frase do Vasco Graça Moura diz muito sobre liberdade (e aprisionamento). E até mesmo para pensarmos sobre a nossa responsabilidade ante aquilo que nos acontece.
Esta é uma indagação mais do que importante, pois é, de facto, um ponto-chave na condução de nossas vidas. Por vezes, penso que a condução a si (e) por si seja ilusão, mas, se bem ponderarmos a respeito da construção da subjectividade, nós (nos) escolhemos através das escolhas alheias ou nós nos formamos através também do olhar e do dizer alheios. O que é que tu achas?
Sim, Cássio, julgo que compreendi.
Este entendimento vem ao encontro de uma expressão que às vezes utilizo. Mais ou menos isto: nós existimos e fazemo-nos através dos outros. É na interacção que nos construímos. Dito assim e desligado do contexto é fácil interpretar-se que somos marionetas, que não temos vontade própria, que somos joguetes à mercê dos outros.
Não é por aí. O direito a escolher, a fazer opções, em nada é beliscado. A vontade de criar não é truncada
As nossas decisões, das mais pequenas que nem damos conta até às que têm grande impacto, não se escrevem em folhas em branco. Há acontecimentos, há pessoas e nós não estamos cá sozinhos.
E isto pode levar-nos a questionar o que é a liberdade e se somos livres ou em que medida o somos.
Sabes, há pouco tempo acabei de reler o livro “Era de noite, meu amor”, do Vasco Graça Moura, e retirei para os meus apontamentos o seguinte: “A nossa liberdade está no que decidimos fazer com o que nos acontece.” Julgo que esta frase é muito certeira em termos da definição de liberdade.
Voltando às tuas questões.
O nosso olhar e o olhar alheios nunca estão desligados. Mesmo quando se decide viver numa zona deserta ou estar em clausura num convento. Decisões tomadas a partir de uma determinada realidade e construções mentais a partir dela.
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Sim, Isabel, acho que a frase do Vasco Graça Moura diz muito sobre liberdade (e aprisionamento). E até mesmo para pensarmos sobre a nossa responsabilidade ante aquilo que nos acontece.
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Cássio, corrijo o título do livro que citei: “Meu amor, era de noite”. Tinha trocado. 🙂
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Obrigado, Isabel.
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Cássio, somos nós que escolhemos o que somos?
Em que medida escolhemos ser quem somos?
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Esta é uma indagação mais do que importante, pois é, de facto, um ponto-chave na condução de nossas vidas. Por vezes, penso que a condução a si (e) por si seja ilusão, mas, se bem ponderarmos a respeito da construção da subjectividade, nós (nos) escolhemos através das escolhas alheias ou nós nos formamos através também do olhar e do dizer alheios. O que é que tu achas?
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Não sei se te me fiz compreender. :-I
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