Das vezes em que me deparo com fotografias de gatos na internet, não raramente vejo filhotes meigos a pousar para a câmera, como se já tivessem nascido para modelos. Gosto de vê-los, apesar de não ser fã de felinos. Nunca me apeguei a nenhum. Sempre preferi os cachorros.
No entanto, a convivência com Sivuca fez-me pensar que é possível gostar de gato. Foram dias agradáveis que me despertaram saudades de ter animal de estimação. Veio-me à memória Pipi, Assustado, Pimpo, Amigo, Sansão, Dalila e outros animais que passaram por minha vida. Não obstante à nostalgia ou a impulsos que este sentimento possa desencadear, sou consciente de que não posso nem pensar em ter cachorro ou gato no momento. A condição de cidadão em trânsito impede-mo. Oxalá volte a criá-los logo que me estabeleça “definitavamente” – ou melhor, estavelmente – em algum sítio.



Segundo afirmam os manuais de criadores e outras enciclopédias veterinárias, cães e gatos geralmente diferem quanto ao seu estilo de vida. Os primeiros são dependentes e exigem maior atenção dos seus donos. Já os últimos se revelam imponentes, decisivos, destemidos, perseverantes. Ambos os animais expressam carinho e zanga, a depender das circunstâncias. Há alguns mais ariscos, outros menos, alguns mais carinhosos, outros menos. Quiçá reflectem o temperamento de quem os cuida.



Sivuca foi um companheiro tranquilo, fiel ao que se espera de um felino. Surpreendeu-nos o modo como se relacionou conosco. Deixou-nos à vontade tanto quanto ficou à vontade.
Não digo que Sivuca seja um dos modelos de meiguice. Digo menos que seja um bicho enxerido. É um gato tranquilo, confiante e sociável à medida. Quando lhe apetece, faz companhia à dona e às visitas.



Encerrávamos a estadia em João Pessoa, despedíamos de Adriana e Carla, – pessoas queridas que, juntamente com Potira, nos receberam na cidade -, e SURPRESA!
Sivuca deixou bem claro que ousadia é mais uma das suas qualidades. Pôs-se à porta, descontraído, a lamber-se desinibidamente. Não se incomodou que eu sacasse o telemóvel e passasse a fotografá-lo. Queria-nos mostrar que também sabia posar para flashes, até mesmo em posições não muito convencionais.
Amei a reflexão. Tive uma gata, a Pituca, que me aproximou do universo enigmático e encantador dos felinos. Morreu de forma abrupta, pela ação de algum “humanx”. Obrigada pela partilha querido.
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Marina, triste saber que a Pituca foi vítima de algum humano insano.
Gostei do nome Pituca. Poderíamos fazer um inventário dos nossos bichos de estimação. 😀 Eu tive um gato chamado de Assustado e uma cadela com o nome de Pipi.
Que bom tê-la por aqui! Volte sempre. Beijos.
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Gatos são bichos interessantes de fato. Já tive alguns gatos, assim como o Sivuca, todos eram cativantes a seu modo.
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Custodiocesar, até hoje eu tive mais cachorros do que gatos. Lembro-me de um gato de que gostei, quando entrava na adolescência. O seu nome era Assustado. Acho que eu gostava de Assustado porque ele era muito ligado à minha cachorra Pipi, chegando, inclusive, a mamar nas suas tetas. Era muito interessante a relação entre os dois.
Muito obrigado pela visita ao blogue e pela interacção. Volte sempre.
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Gatos são de fato incrivelmente cativantes.
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São cativantes mesmo, César. Mas assumo que, até pouco tempo, eu não me sentia muito à vontade com gatos. Sempre achava que eles poderiam atacar a qualquer momento. Fico contente que esta sensação está muito menos intensa agora e que consigo interagir com os gatos dos amigos e das amigas.
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Gosto muito de saber que deixamos todos os seres à nossa volta à vontade para gozarem a vida. :-*
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Também, Murilo. Fiquei muito contente que tenha havido uma boa conexão com João Pessoa e as pessoas. Ops, e Sivuca também! 😀
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