Da Barra ao Rio Vermelho

Se estiver em Salvador, um passeio a pé do Porto da Barra ao Rio Vermelho (ou também na direcção contrária) pode ser um encontro com a arte que encanta a cidade. O grafite, o mosaico, a pintura, a escultura… há modalidades para todos os gostos. E, no fim da caminhada ou mesmo no começo, pode-se “forrar” o estômago com um bom acarajé na barraca da Cira, no Rio Vermelho.

Apresento-lhes abaixo um mosaico com fotografias geradas durante uma das minhas caminhadas no percurso indicado. Clique sobre cada imagem e veja-a com maiores detalhes.

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Mole National Park, Ghana

O Mole National Park está localizado na Região Norte do Gana e possui uma área de 4.840 quilómetros quadrados de savana. É o habitat de elefantes, búfalos, veados, primatas, hienas, felinos selvagens, diversas espécies de pássaro.

Em Julho de 2013, visitei esse refúgio da vida selvagem, ainda preservado. Foram aproximadamente quinze horas na estrada, em um ónibus de Acra a Tamale. Daí tomei uma van até o parque.

A administração do Mole organiza dois tipos de visita guiada: uma num jipe; outra a pé. Ambas ocorrem na companhia de um guarda devidamente armado para prevenir o ataque de algum animal de grande porte.

Era um dia chuvoso. Por esse motivo, alguns guias tentaram desencorajar os visitantes a fazer qualquer expedição naquela tarde. Diziam que, em geral, os animais não saíam a alimentar-se sob a chuva. Relutantes, alguns – incluindo a mim – contactaram um guia que concordou com correr o risco de dar uma caminhada em vão.

Tivemos sorte! Mas mal o jipe partiu e logo vimos alguns elefantes. Rapidamente, o motorista e o guia pararam e conduziram-nos a pé, por dentro da mata.

A segunda visita guiada estava agendada para o dia seguinte, às 6h. A caminhada do alojamento até o local combinado com o guia permitiu-me observar um pouco da vida local. Cruzei com trabalhadores locais e habitantes de uma vila localizada nas circunvizinhanças ou talvez dentro da reserva.

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“Inside the Mole”, by Cássio Serafim, Ghana, 2013.

Depois da chegada do guia e de outros visitantes, seguimos uma estrada de barro e, em seguida, adentramos uma trilha no meio da mata. Em poucos minutos, fomos surpreendidos por um jovem elefante. Ele alimentava-se entre árvores de baixo porte. Pareceu não gostar da nossa presença. Observamo-lo por um momento e, depois, seguimos em frente.

Naquela manhã, tivemos a oportunidade de conhecer melhor aquela biodiversidade. No percurso, achamos a carcaça de um animal, que, segundo o guia, teria sido atacado por um leão há alguns meses. Mesmo um pouco apreensivos, avançamos. Passamos por um lago em que búfalos se banhavam. Em seguida, subimos uma colina até o albergue que fica dentro da reserva.

Naquele dia, depois do almoço, voltei para Acra e, ao sair do quarto do albergue, um javali descansava às margens da passadeira. Só deu tempo de tirar uma foto rápida e sair correndo, pois a van esperava-nos.

Desta viagem, eu nunca me esquecerei dos animais selvagens dos quais fiquei tão próximo, mas, principalmente, dos elefantes, espécies por que sou fascinado desde pequeno.