Há
nem alegrias
nem tristezas:
aquando
juízes trabucam como
atalaias e verdugos
à mercê dos imperialismos,
aparentemente caducos, mas,
a todo momento,
de sobreaviso para o bote.
(E sempre haverá a chance de mais um,
o próximo golpe.)
Há
nem alegrias
nem tristezas:
aquando
magistrados tramam
ódios contra
os pobres,
os oprimidos,
os subalternos e
os seus parcos representantes.
Há
nem alegrias
nem tristezas:
aquando
togados se convertem
nos mais vis
comissários da desordem.
Há
nem alegrias
nem tristezas:
aquando
os forenses pelejam
para encarcerar
a esperança.
Há
anojamento da Justiça.