
quarantine life
Quarentena: nota quatro
#FiqueEmCasa, mas, quando você vive em uma casa partilhada com outros estudantes ou trabalhadores cujas atividades foram temporariamente suspensas, estão todos juntos a respirar os mesmos ares ao mesmo tempo e por longas horas. PERIGO!
#FiqueEmCasa, mas, quando você divide o quarto com alguém nessa casa partilhada (qualquer coisa como uma república estudantil ou um albergue), ares e gases a circularem livremente, você confinado, PERIGO! PERIGO! PERIGO!

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![IMG_20200214_215645[1] IMG_20200214_215645[1]](https://cassioserafim.files.wordpress.com/2020/03/img_20200214_2156451-e1585350657729.jpg?w=256&h=256&crop=1)
Quem consegue manter-se isolado e seguro em “hashtag”, aliás, em confinamento?
Quarentena: nota três
#FiqueEmCasa tem sido nestes dias de pandemia a “hashtag” mais popular, mas converte-se em algo muito maior do que uma “hashtag”. Parece uma ação de guerra, de ataque, de sobrevivência e de salvação. Mas quem será atacado? Quem será salvo? PERIGO! PERIGO?
#FiqueEmCasa simboliza os esforços das autoridades políticas e sanitárias para evitar a propagação de um vírus altamente transmissível e danoso ao sistema imunológico dos seres humanos, indivíduos em sua maioria política e economicamente cada vez mais fragilizados ou até impotentes, e do grande deus-satanás, o Mercado, um espectro, um sujeito omnipresente.
Mas quem será salvo primeiro? E quem (não) será salvo?
Segundo os bitaiteiros neoliberais de plantão, o jeito é salvar o Mercado primeiro e, depois, alguns indivíduos para suarem o suficiente a fim de proteger as fortunas daqueles que estão bem protegidos sob as asas do deus-monstro.
#FiqueEmCasa, mas, quando você não está debaixo das asas do Mercado, PERIGO!